terça-feira, 15 de junho de 2010

Agora percebo porque é que nao me respondias as mensagens que te mandava. Estavas demasiado entretido e ocupado. Percebo que não te desse muito jeito falar comigo. Ela estava mais à mão.
Pensaste me mim quando lhe deste os abraços que deste?
Pensaste em mim nos beijos que trocaram?
Pensaste em mim quando passaste a noite com ela?
Pensaste em mim quando trocaram os sorrisos que trocaram?
Não.
Nunca pensaste em mim.
Não disseste que não porque NÃO QUISESTE.
Não desviaste a cara porque querias.
Não soubeste afastá-la porque a querias por perto.
Agora tens me a mim longe.

Sinto um nó tão grande na barriga, um aperto tão grande no peito...
O facto de não estarmos bem não foi desculpa para o que fizeste. A bebida muito menos. Já estivemos muito pior e isso para mim não foi desculpa para fazer o mesmo. Se estiveste com ela foi porque querias.

Pergunta-lhe agora se ela quer ir ter contigo à noite. De certeza que aceita.
Pergunta-lhe agora se ela quer dar um passo em frente. Diz que sim sem pensar duas vezes.
Pergunta-lhe agora se ela te quer dar um beijo. De certeza que te da dois.

Não te mintas a ti proprio em relaçao ao que sentes. Muito menos não me mintas a mim. Foste das pessoas que mais me magoou até hoje. Foste das pessoas por quem mais chorei. Foste das pessoas que mais me desiludiu... Apenas porque aconteceu...

Aquilo de que eu tinha mais medo aconteceu. Aquilo que ela queria finalmente se tornou realidade...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Fazia dois meses desde o nosso primeiro beijo.
Quando algo é tao importante para nós, dificilmente o esquecemos.
Como esse dia. Foi importante para mim. Único.
Estavas mais carinhoso que nos outros dias.
As tuas palavras eram mais doces do que o habitual.
O teu toque era mais suave do que aquilo a que estava habituada.
Tudo estava diferente.
Parecias-me ainda mais especial.

Como conseguias estar comigo sabendo o que sabias?
Como tiveste a coragem sequer de me dar um unico beijo que fosse?
Nada passava de uma farsa para encobrires a verdade.
Como pudeste sequer adormecer tranquilo sabendo que eu estava ao teu lado?

Espetaste me uma faca no coração. Bem forte.
Sinto uma dor tão grande que quase nao consigo respirar.
Para mim o mundo parou.
Confiava em ti acima de tudo, apenas porque gostava de ti.
Tudo o que te dizia dos meus ciumes e inseguranças acerca dela desvalorizavas.

" Já a esqueci. " - dizias tu. Quando pronunciavas estas palavras parecias-me confiante no que dizias.
Para mim, neste momento, tudo o que me disseste foi engano.
Enganaste-te na pessoa a quem te querias dirigir.
Enganaste-te na pessoa a quem dizias que amavas.
Não sou eu quem amas, não sou quem o teu coração procura.

É ela.
Nada teria acontecido se ambos não quisessem.
Nada teria acontecido se tu não quisesses.
Que custava dizer que não se não fosse importante para ti?

Foste obrigado? Não me parece.
A primeira vez que aconteceu? Agora sinto grandes duvidas.
Arrependido? Talvez.

Não foste sincero, foste cobarde.
Não gosto que o faças à minha frente muito menos nas costas.
Fiz figura de parva.
Andei todo este tempo a fazer figura de parva.

Odeio-me a mim própria.
Como pude ser tão ingénua ao ponto de acreditar nas tuas palavras.
Como pude acreditar que era tudo passado.

Nenhuma dor pela qual eu te fiz passar é tão grande como aquela que sinto agora.
Vivi iludida tanto tempo.
"Abre os olhos, e olha ele ali com ela." - diziam-me.
Mas eu queria continuar de olhos fechados.
Queria continuar a acreditar em ti.
A tua palavra era superior a todas as que se faziam ouvir.

De que vale a tua palavra agora?
Aconteceu.
Simplesmente aconteceu.
Que é feito do respeito de que tanto me falavas?
Que é feito de tudo aquilo que me apontavas?
Perdeu-se a partir no tempo a partir do momento em que "aconteceu".

Se não era comigo que querias estar, dizias.
Se não era eu que querias todos os dias de manhã a teu lado, dizias.
Se não era eu a quem querias dar um beijo de boa noite, dizias.
Toda essa mágoa era mais suportável do que esta.

Já não tenho mais lágrimas para saciar esta dor que me consome.
Já não consigo tirar a faca que me espetas-te no coração.
Já não tenho mais forças sequer para esquecer.

Não consigo apagar os meus pensamentos.
Não consigo tirar da memória todos os bons momentos que me deste.
Revejo-os vezes sem conta.
Que significado tiveram para ti? Algum sequer?

Nada disto é um pesadelo.
Isto é a realidade.
É a nossa realidade.


Mau? Mau que baste.
Dói? Nem sabes o quanto.
Respeito? Pronuncias essa palavra sem saberes o que significa.
Chorei? Tanto que sequei os meus olhos.
Sofrer? Nunca sofrerás tanto como eu.
Sinceridade? Não, cobardia.
Esquecer? Não. Não quero apagar todos os bons momentos que me deste.
Mereces? Sim. Só tens que suportar as consequências dos teus actos.
Erros? O maior de todos.

Nunca pensei que me conseguisses magoar tanto. E logo tu que dizias que o sentimento era tão grande.
E logo tu que me eras tão importante.


Amo-te? Sim, mas não sou a única...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

"Estamos bem" - respondeste depois de eu te ter perguntado como estava a nossa relação.
"Bem? Que é isso de bem?" - perguntei-me a mim própria.
E tudo aquilo que falámos sobre dar aquele passo em frente que nos faltava? Eu queria algo mais. Eu quero algo mais. Dizes que também queres mas depois só me dizes que estamos bem. Não devemos saltar passos isso e verdade mas de cada vez que parece que estamos quase a conseguir há qualquer coisa que nos derruba e voltamos ao inicio do que éramos.
Se soubesses quantas vezes te estive para perguntar se querias dar esse passo...
No teu dia de anos estavas longe. Liguei-te para te dizer. Passei o fim de semana todo a pensar em nós e no quanto te queria. Despachaste-me simplesmente. Não podias falar naquele momento. E eu ok. Ligaste me de retorno para me dizeres que tinhas que desligar que também não dava. Então porque ligaste? Porque fiquei eu à tua espera. Esperanças para quê? Foi tudo em vão. Queria te dizer tanta coisa...
Mas agora cada vez mais estamos a ficar para trás. Apenas bem. É aquilo que nos define...
"Bem"