quarta-feira, 26 de maio de 2010

Acordei.
O dia estava chuvoso e fazia frio.
Nada te disse a manhã inteira.
Passou a tarde.
Conseguia passar por ti sem dizer uma única palavra.
Tentas-me arrancar algumas palavras mas nada saía. Por muito mais que eu quisesse dizer algo a minha voz não passava de um mero sussurro perdido entre a multidão.
As coisas entre nós não estavam bem.
Nada estava bem.
Tu já não querias falar comigo. Já não querias olhar para mim.

Chegou a noite.
"Posso estar contigo ou não queres?" - perguntei pensando saber qual seria a resposta. Sempre que eu cometesse um erro fosse qual ele fosse não eras capaz de me dizer que não. Não eras capaz de me dizer, por mais magoado que estivesses, que me querias longe naquele momento. Mesmo quando eu era a ultima pessoa que querias ver não eras capaz de ir sem me dizeres uma ultima palavra.

"Acho que é melhor não. Acredita que estou muito magoado. Desculpa" - respondeste. Fiquei surpreendida com a resposta. Nunca me tinhas dito que não. Nunca me tinhas mantido longe de ti. Nunca recusaste estar comigo mesmo sendo escasso o teu tempo para isso. Muitas vezes deixaste coisas para trás para me poderes ver mais uma vez a teu lado.
Magoou-me a tua resposta. Era o que merecia ouvir. Como uma mera dúzia de palavras poderiam magoar tanto? O teu limite quase chegara ao fim. Se merecia? Sim. Magoei-te eu sei. E ainda te continuo a magoar todos os dias. Os meus erros? São cometidos vezes sem conta. As minhas palavras? As poucas que te digo são duras e frias. Amor? Sinto. Apenas o sinto. Não to consigo mostrar. É uma fraqueza que me custa revelar.

Custa-me ouvir te dizer que me ando a enganar. Que te ando a enganar. Aquilo que sinto e digo que sinto por ti não é aquilo que consegues ver. "Porque é que te andas a enganar a ti própria e a mim também quando me dizes que me amas se eu não consigo ver isso?" - Perguntas te friamente num tom bem sério e austero.
Como és capaz de me perguntar tal coisa? Como tens coragem de duvidar daquilo que sinto? Sabes o que passámos até aqui. As barreiras que conseguimos passar por cima e continuar em frente sem nunca termos desistido de nos levantar depois de termos caído por breves momentos.

Podes duvidar de tudo o que digo mas nunca duvides nem ponhas em causa aquilo que sinto. Somos diferentes? Bastante. Temos de nos adaptar. Tu completas-me. Dás-me aquilo que preciso: amor, atenção, carinho, sorrisos.
És como a peça de um puzzle na minha vida. Essencial. Sem essa peça o puzzle não faz qualquer sentido nem tem nenhum valor, mas com essa peça o puzzle fica completo e eu também.

Amo-te acima de tudo. Digo-to sem incertezas nem duvidas. Digo-to com convicção e sentimento. Amo-te!

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